Por Redação com Ascom Semed
Após quase dois anos sem utilizar o ginásio de esportes da Escola Municipal Nosso Lar, na Levada, a comunidade escolar se prepara e aguarda ansiosamente para voltar a desfrutar do importante equipamento público. O espaço estava ocupado irregularmente e, em março deste ano, depois que a Justiça de Alagoas determinou a desocupação do ginásio e a reintegração de posse, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) iniciou as manutenções e intervenções necessárias para devolver o equipamento em bom estado de uso aos cerca de 700 estudantes, entre crianças e adolescentes, da Nosso Lar.
O professor de educação física da escola, Gilberto Moreira, celebrou a reintegração de posse e desabafou sobre esse tempo sem o espaço adequado para as devidas atividades, o que prejudicou os alunos da unidade escolar, que foram privados do direito à prática de atividades físicas e outras previstas no calendário, inclusive relativas ao Tempo Integral.
“É um sentimento de alívio, na verdade, porque durante esse processo a gente atrapalhou as aulas dos outros professores quando a gente usava o pátio. Havia chances dos meninos se machucarem principalmente quando chovia. Então a expectativa é a melhor possível. Quando o ginásio estava ocupado, era como se você estivesse na sua casa e não pudesse usar a área de lazer que você construiu. Todo dia você chega na escola e tem pessoas estranhas, alheias ao trabalho pedagógico e se apossando como se fosse uma propriedade particular delas. Essa é uma questão muito difícil de entender, muito menos para que as crianças entendam isso”.
A ansiedade também é vista nos pequenos estudantes da escola, como é o caso de José Ismael, de 10 anos, e Enzo Gabriel, de 7 anos. Eles contaram o que mais querem fazer quando o ginásio poliesportivo for entregue após os reparos.
“Quero fazer gol, driblar e dar assistência para os meus amigos”, revelou Ismael. “Eu estou ansioso para jogar bola”, disse Enzo.
De acordo com o professor de Educação Física, a falta de um espaço apropriado para o desenvolvimento das atividades físicas ou esportivas dos estudantes gerou impactos negativos significativos no desenvolvimento motor, pedagógico e social deles.
“O fato da quadra estar ocupada atrapalha você desenvolver os conteúdos que são próprios da educação física. Então, a questão da saúde, do bem-estar, da coordenação motora, o desenvolvimento motor propriamente dito, que também fica prejudicado, porque a gente não tem um espaço adequado para desenvolver todas as atividades e todos os conteúdos que a disciplina prevê, e isso gera um prejuízo no aprendizado dessas habilidades motoras e esportivas”, afirmou.